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Crítica filme: Cássia Eller (20/04/15 - 19:17)

 

Nota: 10

Cássia, Cássia Eller, Cássia Rejane Eller...uma cantora, uma mulher, uma revolucionária, uma autêntica pessoa que perante as câmeras parecia tímida e introspectiva mas que fez da sua vida uma lição.
 
Carioca da gema, Cássia adentrou no terreno musical ao 14 anos, após ganhar de presente um violão, aos 18 conheceu a boemia e nela suscitou seu talento...bares, grupos musicais, coros e até mesmo vocalista de banda de forró foram os primeiros passos do despertar de uma estrela. Despontou para o mundo artístico em 1981, ao participar de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.
 
Anos se passaram e Cássia ainda almejava o público, em 1989 sua carreira como artista independente teve início. Após gravar uma fita demo com a canção "Por Enquanto", do saudoso Renato Russo, a cantora conseguiu fechar contrato com uma editora discográfica e a trilha para o sucesso estava declarada.
 
Dona de uma poderosa voz e possuindo uma força inquietante no palco, Cássia Eller marcou a década de 90. Intérprete assumida, caracterizada pela potência grave de sua voz e seu ecletismo musicasl, Cássia interpretou canções de grandes compositores: Cazuza, Renato, Caetano, Chico, até os internacionais Beatles, Janis, Hendrix e Nirvana, aliás foi com uma música do Nirvana que ela levou ao delírio milhares de pessoas no seu último grande evento, o Rock in Rio, arrancando suspiros até do astro, David Bowe. Como compositora só criou três canções ao longo de sua carreira. 
 
Daí em diante, Cássia Eller começou a ser falada, seu nome já era capa de revistas e seus álbuns vendiam que nem água. O sucesso que almejava lhe bateu a porta, mas o que acho que ela não pensava era, como administrar tudo isso.
 
Bissexual assumida e dona de um temperamento explosivo, Cássia abusava das drogas e das relações extra-conjugais. Morava com sua parceira, Maria Eugênia Vieira Martins, com quem teve durante 14 anos, até a sua morte. Juntas criaram o filho Francisco, que era chamado carinhosamente de Chicão pelas duas.
 
Os probelmas pessoais, a falta de estrutura, os constantes relacionamento e o excesso de drogas e álcool levaram Cássia Eller a não suportar a vida que tanto idealizava.
 
Sua infância, sua vida, seus amores, sua trajetória musical e sua morte precoce e tanto questionada, aos 39 anos, são relatados neste documentário arrebatador que tem a colaboração de pessoas que estavam ao lado de Cássia durante sua vida. Participações de Zélia Duncan, Nando Reis, Oswaldo Montenegro, Maria Eugênia e seus familiares testemunham a vida de uma cantora, mãe, mulher que expôs sua vida pessoal e rompeu barreiras, deixando um belo legado social e artístico.
 
Cássia conseguiu ainda uma grande vitória depois de morta. Maria Eugênia, sua companheira, tem a tutela do filho, Francisco. O primeiro caso homossexual registrado no Brasil onde a adoção ficou com a mulher e não com a família. 
 
Uma mulher que nos encantou e quebrou barreiras, hoje brilha lá em cima!!
 
 

Coments Filme: Machuca (17/04/15 - 12:12)

Nota: 10

Pedro Machuca e Gonzalo Infante são dois amigos, ambos com 11 anos, que vivem a transição política e a severa ditaruda de Augusto Pinochet. Neste clima de tensão a elite se junta a pobreza para revelar a amizade entre duas crianças que sonham em desbravar o mundo e conhecerem juntos as descobertas e surpresas da vida.

O filme é fantástico e tem o argumento muito bem detalhado. 

Unma cena marcante: um leite condensado e a descoberta do desejo...tudo contruído de maneira poética.

 

Crítica filme: Cake (15/04/15 - 4:32)

Nota: 4,5

Cake, uma razão para viver me pareceu ser aquele filme que ao ler sobre, ou mesmo ver o trailer me convenceria, posso dizer que até aquele momento sim...me despertou, mas.
 
A história é centrada na atormentada Claire Simmons (Jennifer Aniston, em um papel brutal), uma mulher traumatizada e depressiva, que se excede no álcool e nos remédios e ferve de raiva em quase todas as suas interações sociais.
 
Depois de se ver sozinha, Claire busca ajuda em um grupo para pessoas com dores crônicas. Lá ela descobre o suicídio de um dos membros do grupo, Nina (Anna Kendrick). Claire fica obcecada pela história dessa mulher e começa a investigar sua vida. Aos poucos a personagem de Aniston começa a explorar os limites entre a vida e a morte e passa a se envolver com o ex-marido de Nina, Roy (Sam Worthington). 
 
O filme não convence, uma história estranha, uma condução esquisita e uma situação irritante, durante todo o filme a morta em questão, Nina, reaparece em conversas com Claire e o que tentava ser credível, ao meu ver, se perdia com essas imagens além vida.
 
O único ponto positivo que se destaca no filme é Jennifer Aniston, ela está brilhante...e prova que uma atriz que se perpetuou por anos na comédia pode surpreender e se aprofundar em um papel dramático. 
 
Jennifer consegue transparecer a dor que envolve sua personagem, a raiva e a impulsividade na busca do desconhecido. Quando está em cena o filme resulta muito bem, a impressão é de que o talento da atriz era maior do que argumento e sua condução até o fim.
 
Tal atuação lhe rendeu o papel de maior notoriedade, foi lembrada pelo Globo de Ouro e esquecida pelo Óscar.
 
Ficha Técnica:
 
Direção: Daniel Barnz
Elenco: Jennifer Aniston,Alessandra Barraza, Anna Kendrick, Britt Robertson, Felicity Huffman, Sam Worthington e William H. Macy
Gênero: Drama
Tempo: 92 min.
DIstribuidora: Califórnia Filmes
 
 

Crítica filme: O Abutre (12/04/15 - 1:12)

Nota: 7.5

 
Jake Gyllenhaal vive em O Abutre (Nightcrawler - 2015) um desempregado que busca desesperadamente um trabalho formal. 
 
Vendo muitas dificuldades de ingressar na área profissional e após presenciar um acidente com toda a cobertura jornalística ele tem a idéia de ganhar dinheiro. Decide então entrar no agitado submundo do jornalismo criminal independente de Los Angeles. A fórmula é correr atrás de crimes e acidentes chocantes, registrar tudo e vender a história para veículos de imprensa.  
 
Em princípio, Gyllenhaal com um ar freak, desde o princípio do filme, parece  um desesperado, mas, com a lábia, vai ganhando espaço e importância com suas gravações e passa a melhorar de vida. Com o desenrolar da história, o personagem de Jake Gyllenhaal vai se tornando cada vez mais sem escrúpulos e a busca pela história mais sanguinária passa a pulsar em sua veias.
 
O filme tem uma história criativa e consegue construir uma atmosfera de suspense da qual o espectador não tira os olhos da tela. Algumas situações ali mostradas parecem coincidências de mais, ele sempre está no local certo, na hora certa e fala com a pessoa certa: exemplo disso é entrar em uma redação de tv sem dificuldade alguma e encotrar logo de cara a editora chefe do jornal. 
 
E quem da vida a editora chefe é a sumida Rene Russo, que fez grande sucesso nos anos 90, e hoje finalmente ganha um trabalho de destaque, após sua pequena participação em Thor.
 
Já Jake está em alta, além de produtor do longa, vem escolhendo muito bem seus papéis ao longo dos anos: O Homem Duplicado, Os Suspeitos, Zodíaco, O Segredo de Brokeback Mountain, que lhe rendeu a primeira e única indicação ao Oscar. 
 
Um eletrizante thriller escrito e dirigido por Dan Gilroy, em sua estreia de um longa-metragem (até então, ele era mais conhecido como roteirista, responsável pelos textos de Tudo por Dinheiro e O Legado Bourne).
 
O filme te prende do princípio ao fim e a atuação de Jake Gyllenhaal é impagável, está muito bem, pena ter sido esquecido pelos críticos. Uma atuação digna de prêmios. 
 
Ficha Técnia:
 
Distribuidora: Diamond Films
Gênero: Suspense
Tempo: 1h47min
DIreção: Dan Gilroy
Elenco: Jake Gyllenhaal, Rene Russo, Riz Ahmed e Bill Paxton
 
 
 

Crítica filme: Cinderela (08/04/15 - 3:15)

Nota: 4

Lembro-me que minha primeira peça infantil, quando tinha uns oito anos aproximadamente, foi Cinderella. Naquela noite, por estar em um lugar diferente, acompanhar a história da mocinha reprimida, ver os personagens em ação, a interação do público, tudo aquilo me seduziu.
 
Anos se passaram e a história da Cinderela continua viva e faz parte da geração de muitos. De lá para cá, na área cinematográfica tínhamos a animação da Disney e agora o mais novo lançamento. 
 
Cinderela (Cinderella - 2015) conta a história da gata borralheira mais conhecida dos contos infantis. Após a trágica e inesperada morte do seu pai, Ella (Lily James) fica à mercê da sua terrível madrasta, Lady Tremaine (a exuberante Cate Blanchett), e suas filhas Anastasia e Drisella.
 
A jovem ganha o apelido de Cinderela e é obrigada a trabalhar como empregada em sua própria casa, mas continua acreditando que a felicidade ainda ia lhe bater à porta.
 
Um dia passeando na floresta, ela se encanta por um corajoso estranho (Richard Madden), sem desconfiar que ele é o príncipe do castelo.
 
Cinderela recebe um convite para o grande baile e acredita que pode voltar a encontrar sua alma gêmea, mas seus planos vão por água abaixo quando a madrasta má rasga seu vestido. Agora, será preciso uma fada madrinha (Helena Bonham Carter) para mudar o seu destino.
 
A busca por encontrar o dono do pé do sapatao torna o filme, ao meu ver, um bocado longo e cansativo. O diretor/ator Kenneth Branagh resolveu deixar momentaneamente de lado as obras de Shakespeare e e cair nos contos de fada. Se mantém fiel a história mas poderia dispensar algumas cenas desnecessárias.
 
Blanchett, sempre reinando, consegue dar vida a madrasta má de forma brilhante e a fada madrinha da história (Bonham Carter), com sua cara sempre pirosa, recria uma fada de forma doce e engraçada conseguindo dar um final happy end a história.
 
Cinderela envelheceu na idade mas não no tempo, já eu não tive a mesma sorte. O filme infelizmente não me causou aquele frisson da infância. De qualquer forma vale para um domingo em família.
 
 

Coments filme: Estamira (08/04/15)

Nota:10

Estamira, sessesnta e cinco anos. A vida dessa catadora de lixo é ducumentada na obra de Marcos Prado, ao desnudar ao público sua vida, seu ceticismo, sua família e o controle remoto do corpo.
 
Uma harmonia perfeita entre edição, trilha sonora e argumento. Um filme chocante, que mesmo que não queira te fará refletir sobre sua ações.
 
 
 
 

Crítica filme: Batismo de Sangue (07/04/15 - 18:48)

Nota: 6,5

São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.

 

A trama é baseada na história verídica da resistência dos frades dominicanos ao regime militar. O roteiro foi feito a partir de uma livre adaptação do livro homônimo de Frei Betto, vencedor do prêmio Jabuti.

 

O filme se concentra na história pessoal de Frei Tito, passando pelos anos de ativismo, torturas e exílio.

No elenco, nomes conhecidos do grande público como Daniel de Oliveira, Caio Blat, Ângelo Antônio e Cássio Gabus Mendes.

 

Prefácio do livro: 

 

Considero privilégio aceitar o convite do editor Sérgio Pinto de Almeida e, assim, poder fornecer aos leitores e amigos alguns dados que põem em relevo o Batismo de Sangue.

 

O testemunho de Frei Betto é de per si um relato que faz parte da história mais dolorosa que ensangüentou o Brasil e o tornou conhecido em muitas partes do mundo.

 

O que posso acrescentar é uma experiência pessoal e profundamente marcante na minha própria vida. Acompanhei, desde o início, as atividades humanitárias deste meu irmão dominicano, Frei Betto. Por ele, também cheguei a conhecer a generosidade de seu pai e a criatividade múltipla de sua bondosa mãe.

 

A repressão militar escolheu justamente as pessoas mais democráticas e ativas de nossa sociedade civil e religiosa. No momento em que tomei posse como arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, encontravam-se presos uns quinze religiosos e nenhum deles mereceu a condenação que atingiu os meus confrades dominicanos de maneira tão injusta e pesada. Tive a prova desses fatos quando fui encarregado por sua eminência o cardeal dom Agnelo Rossi a visitar os presos dominicanos, desta vez inteiramente separados das demais pessoas que lutavam por um Brasil justo e novo. Apesar de estar revestido de todas as insígnias episcopais, fui recebido por um verdadeiro batalhão de guardas, tendo que identificar-me sempre.

 

A cena que se abriu naquele momento diante de meus olhos ficará gravada até os últimos instantes de minha vida. Creio que não era apenas a imagem de um batismo de sangue, mas de uma verdadeira crucificação dos justos que combatiam um regime injusto. Acompanhado por Frei Gilberto Gorgulho, identifiquei, na hora, o colega de Frei Betto chamado Frei Tito de Alencar Lima. Estava ele de bruços e, assim mesmo, pude acompanhar o fluxo de sangue que lhe escorria do corpo. Perguntava-me então eu, naquela hora, se não seria ele o Cristo que deu a última gota de sangue para salvar a humanidade e restituir-lhe a liberdade com que Ele nos libertou.

 

Frei Betto, com a agilidade, a experiência e sua capacidade invulgar, soube transmitir-me todo o drama que envolvia a vida dos quatro confrades meus, prisioneiros marginalizados naquela hora. Apesar de cada palavra ter sido anotada por nossos guardas infatigáveis, na escuta de qualquer termo comprometedor, pude levar a sua mensagem não só ao cardeal, mas a todos os amigos.

 

Um segundo encontro, além de outros, é especialmente revelador: com gesto bem calculado, Frei Betto me apontou um prisioneiro do Tiradentes que nos observava pela janela. Se o senhor nada fizer por ele, amanhã ele estará morto. Voltei de imediato para a Cúria Metropolitana e convidei meu bispo auxiliar e grande amigo, dom Benedito de Ulhoa Vieira, para alertarmos, juntos, as autoridades responsáveis pelos presos em nossa cidade e Estado. Tanto o procurador geral de Justiça quanto o governador não nos deram crédito, mas, pouco tempo depois, pude verificar, pelos jornais, que aquele preso, de quem eu gravara muito bem os traços, era apresentado como um bandido morto no Horto Florestal de São Paulo. A profecia de Frei Betto me provou que ele, mesmo preso, cuidava de todas as demais pessoas batizadas pelo sangue. Ao reclamar desse fato por escrito ao governador, este me respondeu: “Se o senhor não der crédito ao governador, já não temos mais nada a conversar.”

 

Faz parte de nossa libertação e da reconquista de nossa honra registrar aqui que o grande escritor Frei Betto não deixou de conversar. Soube levar até Roma e a tantas outras partes do mundo a crueldade que vinha sendo o batismo de sangue de tanta gente honrada deste Brasil sofrido sob as botas da ditadura militar.

 

Deixo de contar outros fatos para levar o leitor a conferir, ele mesmo, o que tantas vezes experimentei durante os vinte e dois anos de regime absoluto, para não dizer cruel, desta última ditadura total.

 

Que esta nova edição, com os acréscimos de dados, revelações e histórias, possa perpetuar a memória de muitas pessoas honradas que lutaram pela democratização do país e pela convivência mais justa de nossos concidadãos. Quem tortura uma pessoa acaba torturando toda a humanidade, como já dizia um mártir dos direitos humanos na América do Norte.

 

Que Frei Betto continue sua imprescindível colaboração para um Brasil mais solidário e mais livre e dê a muitos jovens a ocasião de analisarem em que consiste a verdadeira cidadania. E que Deus nos preserve de males semelhantes àqueles que tivemos que suportar num passado recente. Afinal, somos todos filhos do pai celeste e trazemos em nós o sopro divino da dignidade.

 

Notas de produção e sinopse: Vermelho como o Céu (06/04/15 - 5:45)

Nota: 10

Comovente história de Mirco Mencacci, menino cego que se tornou um renomado editor de som do cinema italiano; longa foi eleito o melhor filme pelo júri popular da 30ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. 

Vermelho como o céu narra a saga de um garoto cego, durante os anos 1970, que luta contra tudo e todos para alcançar seus sonhos e sua liberdade. Mirco é um garoto toscano de dez anos, apaixonado pelo cinema. Após um acidente, perde a visão. Como a escola pública não o  aceita por conta da deficiência visual, é enviado para um instituto em Gênova. Lá, descobre um velho gravador e passa a criar histórias sonoras.

 

Ficha técnica

Título original: Rosso Come Il Cielo

Itália, 2004, 95 min

35mm, cor, 1:85, Dolby Digital

Gênero: Drama

Direção: Cristiano Bortone

Roteiro: Cristiano Bortone, Monica Zapelli e Paolo Sassanelli

Direção de fotografia: Vladan Radovic

Montagem: Giancarla Simoncelli

Música: Ezio Bosso

Produção: Cristiano Bortone e Daniele Mazzocca

Produtora responsável: Orisa Produzioni

Distribuição internacional: Adriana Chiesa Enterprises

Classificação indicativa: 12 anos

Distribuição nacional: California Filmes

 

Elenco

Paolo Sassanelli

Luca Capriotti

Marco Cocci

 

Sinopse:

Vermelho Como o Céu é inspirado na história real de Mirco Mencacci, cego desde a infância, e hoje um dos mais reconhecidos e atuantes editores de som da Itália. O filme retrata a saga de uma criança cega, durante os turbulentos anos 70, lutando contra tudo e todos para alcançar seu sonho e sua liberdade.

 

Numa pequena vila da Toscana, em 1971, Mirco é um vibrante garoto de 10 anos, apaixonado por cinema – especialmente Westerns e filmes de aventura. Seu pai, um idealista incurável, é motorista de caminhão. Certo dia, enquanto Mirco brincava com um rifle antigo, a arma dispara acidentalmente e o garoto é baleado na cabeça. Sobrevive, mas perde a visão. Naquele tempo, a lei italiana considerava indivíduos cegos incapazes e não permitiu que o garoto freqüentasse a escola pública. Seus pais foram impelidos a colocá-lo numa “escola especial para cegos”: Instituto David Chiossone de Gênova.

 

Mas Mirco é corajoso e determinado. Quando encontra um antigo gravador de som e uns poucos rolos usados descobre que, cortando e juntando pedaços da fita, consegue criar pequenas “histórias sonoras”. Um novo mundo abre-se para ele.

 

Sua nova aventura contraria os diretores da escola, religiosos que acreditam que uma criança cega não deveria alimentar ilusões. Mas Mirco não desiste; continua sua batalha de todas as maneiras possíveis e, aos poucos, consegue envolver seus colegas levando-os a redescobrirem seus sonhos e capacidades.

 

Certa noite, com a ajuda da única criança capaz de ver – a filha do zelador, com quem Mirco nutre uma carinhosa amizade – ele convence um pequeno grupo de garotos a dar uma escapadela até o cinema próximo da escola. Para todos, a experiência é excitante, mas as conseqüências são desastrosas. Mirco é expulso.

 

Enquanto isso, outra luta de transformação da sociedade acontecia do lado de fora: eclodem os protestos políticos da década de 70; os estudantes tomam as ruas.

 

Durante uma de suas primeiras escapadas, Mirco fez amigos como Ettore, um estudante universitário cego com forte consciência política. Ao saber da expulsão de Mirco, Ettore mobiliza toda a cidade. Estudantes e trabalhadores protestam em frente ao instituto, ameaçando fechar a metalúrgica da cidade caso Mirco não seja readmitido. Como conseqüência, o diretor do instituto é investigado e Mirco finalmente readmitido, além de receber uma permissão especial: transformar o espetáculo de fim de ano da escola. Ao invés do habitual recital religioso, as crianças apresentariam suas “histórias sonoras” para uma platéia de pais com os olhos vendados.

 

Notas da produção

Baseado numa história real, o filme reconta a batalha de um jovem cego para se desenvolver como artista e afirmar seu talento, enquanto luta para ultrapassar suas próprias dificuldades, a dúvida e o preconceito da sociedade. De fato, como provou sua história de vida, esse jovem seguiu um sonho e tornou-se um dos mais respeitados profissionais da indústria cinematográfica italiana.

 

Como geralmente acontece, a idéia desse filme surgiu com um personagem em mente. Seu nome é Mirco Mencacci.

 

Hoje Mirco é bastante conhecido como editor de som do cinema italiano. Tem um currículo extenso, filmes com Ferzan Ozpetek, filmes comerciais e alternativos como os de Salemme, etc. Seu trabalho é avaliar e editar sons e ruídos no filme. Foi editor do longa anterior de Cristiano Bortone (I’m Positive / Sono Positivo), momento em que se conheceram.

 

O que faz Mirco especial é o fato de trabalhar em uma arte como o cinema – por excelência, uma arte visual - sendo cego. Mirco é cego desde os oito anos.

 

Como não poderia deixar de ser, um elemento extraordinário do longa é o desenvolvimento da pesquisa do som. Por conta do principal trecho da narrativa, o início repleto de “histórias sonoras” criadas pelas crianças, ficou claro que o aspecto sonoro do filme deveria ser especial. A produção experimentou diferentes técnicas de captação de som, a gravação espacial dos ruídos, raramente feita na Itália, e a utilização de microfones tridimensionais (5.1) para dar a qualidade surround.

 

Para a equipe, o enorme desafio de dirigir um elenco majoritariamente de crianças cegas aumentou o impacto emocional e o sentido do projeto.

 

Sobre o diretor - Cristiano Bortone

Cristiano Bortone formou-se em cinema e televisão pela New York University, depois de estudar na University Of Southern Califórnia, em Los Angeles. Em 1991, abriu sua produtora independente, Oriza Produzioni.

 

Ao longo dos anos, Bortone acumulou diversas experiências artísticas e profissionais. Entre elas, a colaboração para revistas (Opening, Panorama, Expresso/Portugal e Sopra il Livello Del Mare), escrevendo sobre política internacional, crítica de arte e cultura.

Em 1996, escreveu, em co-autoria, o manual Fare Um Corto, publicado pela Dino Audino Editore. Ministrou seminários e palestras sobre a produção e direção independentes. É membro do European Film Academy, A.C.E. - Atelier du cinema European, European Producer’s Club.

 

Sua atividade como diretor, roteirista e produtor inclui longas, documentários e programas televisivos para as redes italianas.

 

Filmografia

2004 – Red Like the Sky / Rosso come il cielo

2002 – Forbidden Grass / L’erba proibita

2000 – I am Positive / Sono positivo

1994 – Oasi

 

Sobre Mirco Mencacci

Mirco Mencacci, o verdadeiro protagonista dessa história, perdeu a visão aos oito anos. Sua sensibilidade sonora e talento musical o direcionaram para a carreira de músico e produtor musical.

 

Durante anos, Mirco dirigiu seu próprio estúdio de gravação na cidade Pontedera (em Pisa, na Toscana). Em 1999, Mirco criou a SAM, em Roma, uma empresa de pós-produção de som. Desde então, é responsável pela edição de som de alguns dos mais importantes longas italianos, entre eles Le Fate Ignoranti e La finestra di fronte, dirigidos por Ferzan Ozpetec, e La Meglio Gioventù, dirigido por Marco Tullio Giordana.

 

Mirco Mencacci, sempre interessado pela experimentação do som, inaugurará em breve a Fondazione In Suono, localizada na Toscana. A fundação pretende desenvolver e promover pesquisas do universo sonoro para o público em geral.

 
 
 
 

Crítica filme: Bobby (05/04/15 - 19:12)

Nota: 7,0

“Dediquemos-nos ao que os gregos escreveram tantos anos atrás: domar a selvageria dos homens e tornar gentil a vida neste mundo”

 

Em um dos muitos discursos de Robert Fitzgerald Kennedy notamos a mesma intenção sobre a possibilidade de uma América do Norte mais agregadora e a unificação de todos os povos convivendo pacificamente em um único país.

 

Bobby (Bobby,EUA,2007) nos trás as telas a inédita noite em que uma fatalidade tirou de parte dos americanos a chance de um governo menos opressor e mais caloroso. O longa que faz questão de ser temporal nos proporciona fatos do que acontecia no ano de 1968, mais especificamente em seus últimos meses. Informações como a morte deMartin Luther King, o incansável racismo entre negros e brancos, a guerra do Vietnã que vivia seu ápice e rendiam notícias aos jornais sobre os óbitos obtidos com a barbárie e a chegada de uma droga denominada LSD, além do principal que era a corrida eleitoral pela principal cadeira presidencial do mundo, até chegarmos na fatídica noite no hotel Ambassador, no estado da Califórnia.

 

Todos esses dados se dividem com a história ficcional de 22 personagens que estariam no local do assassinato. Isso porque o protagonista de todo o enredo não é vivido ou representado por alguém e sim usados registros reais de campanha do até então senador Bob Kennedy. No seu desenrolar conheceremos a história do porteiro aposentado do Hotel John (Anthony Hopkins), de William (Elijah Wood), um rapaz que realiza um casamento combinado para se livrar da ida ao Vietnã e o caricato traficante de drogas (Ashton Kutcher). São pequenas histórias que correm em paralelo até o preparo para a recepção do candidato na noite de 5 de junho de 1968. Entre todas as histórias, duas se destacam, duas belas mulheres conseguem dar mais charme à suas personagens. Sharon Stone vive Miriam, casada com o gerente do hotel que descobre estar sendo traída e Demi Moore, em uma ótima atuação, interpreta uma cantora alcoólatra que dará as boas vindas ao político.

 

O filme se sobressai pela forma diferente de realização. O diretor Emilio Estevez cria com precisão uma história condensando partes documentais e ficcionais ao longo das cenas e a interferência deste trágico acidente na vida de todos esses personagens até seu derradeiro fim na cozinha do hotel Ambassador, com a morte de Bob e o fim do idealismo de uma América com mais compaixão. Neste delito cometido por Sirhan Sirhan mais cinco pessoas foram baleadas mas saíram com vida do atentado. Em seu segundo filme, Estevez reúne em um único longa uma coisa rara, um elenco de estrelas. A história é boa e o filme bem recomendado, mas em nenhum momento se atem somente ao senador Kennedy.

 

Robert Fitzgerald Kennedy teve o mesmo fim que seu irmão mas sempre procurou desempenhar seu melhor papel na política, principalmente depois do covarde assassinato de John. Bob Kennedy tentou candidatura com princípios de liberdade, direitos civis e uma sociedade com mais respeito e compaixão ao seu próximo, o que não acabou sendo possível.

 

Robert Fitzgerald Kennedy (1926 - 1968).

 

 
 

Coments filme: A Procura de Kevin (04/04/15 - 17:43)

Nota:7,0

Um filme denso e que te consome, de uma violência gratuita e torpe, onde qualquer tipo de explicação se faz desnecessária.
 
E vamos combinar...benevôlencia e magnitude tem limite e nem sempre te levam a redenção.
 
Olha que não ajudaria daquela fomra, deixaria apodrecer...cri cri cri!!
 
 

Coments filme: O Caçador de Pipas (03/04/15 - 15:47)

Nota: 8

 
Um filme belíssimo!! Um tipo de redenção que é válido. A natureza humana deve ser passo a passo melhorada...nada do que entender seu próprio erro e melhorá-lo.
 
 

Crítica filme: Xeque Mate (03/04/15 - 20:05)

Nota: 6,5

Filme inspirado nos quadrinhos conta com um roteiro intrigante e mostra o mundo obscuro do crime alternado as adversidades dos personagens.

 

Slevin (Josh Hartnett) é o típico cidadão que passas por problemas, pegou sua namorada na cama com outro homem, foi roubado, teve seus documentos furtados e para fugir do caos que enfrenta conseguiu o apartamento de um amigo, Nick Fisher (Sam Jaeger), emprestado em Nova York. Só que o que não contava é que  seus problemas só estariam começando. Ele tem sua identidade trocada com a do amigo que é alvo de um chefe do submundo do crime local e acaba se envolvendo em meio a um assassinato planejado por um dos chefões da máfia, Schlomo (Sir Ben Kingsley). Estava ele na hora errada, no lugar errado...será um azarão, laranja ou mesmo um procurado?

 

Xeque Mate (Lucky Number Slevin - 2006), um suspense policial, baseado em história em quadrinhos, se aprofunda  no submundo do crime e vinganças, onde nada parece ser o que é. O tempo fecha de vez quando o plano de vingar a morte do filho de Chefe (Freeman) é colocada em prática e o escolhido da vez é Nick, um apostador que deve muito dinheiro ao gangster, o que acaba fazendo Slevin ser alvo das gangues.

 

O filme traz no elenco Bruce Willis, como Goodcat, um assassino profissional enviado para uma missão, Morgan Freeman é Chefe, líder de gangue e principal inimigo de Scholmo (Kinsley), além da doce vizinha Lindsey, vivida por Lucy Liu. A direção fica por conta do escocês Paul McGuigan (Os Gangsters) e é recheado de tiros, mortes e muita ação do início ao fim. Um trieller dinâmico, com seqüências ágeis que nos remete ao filme Sin City, a cidade do Pecado.

 

Xeque mate é um jogo de xadrez onde você tem que adivinhar quem é o mocinho e o bandido da história, até lá todos podem ser suspeitos.

 

 

FIcha Técnica:

Lucky Number Slevin, EUA, 2006

Gênero: Suspense

Distribuidora: Imagem Filmes

Direção: Paul McGuigan

Elenco: Josh Hartnett, Morgan Freeman, Bruce Willis, Ben Kingsley, Lucy Liu.

Tempo: 109 minutos

 

Crítica filme: O Signo da Cidade (31/03/15 - 2:17)

Nota: 7,0

Os muitos olhos de São Paulo.

Uma grande metrópole, milhões de habitantes, uma cidade que não dorme e em cada janela dos muitos e muitos lares uma história de vida a ser contada, essa é a idéia inicial do roteiro de Bruna Lombardi, em seu novo longa, onde também é a protagonista, O Signo da Cidade (Brasil, 2008).

 

A maior cidade do país passa a ser palco de uma trama multifacetada com inúmeras histórias e personagens que irão conhecer seus momentos de encontros e desencontros, conflitos, anseios e principalmente o resultado final de várias ações intempestivas que culminam na tentativa de perdão e redenção para uma vida mais simples e solidária. Bruna vive Teca, uma astróloga que mantém um programa de rádio para ouvintes necessitados por auto ajuda ou mesmo desabafo. Ela passa a ser o elo de ligação entre todos os demais.

 

Nessa cidade multicultural com uma gama de possibilidades e diversidades sociais iremos conhecer histórias humanas aparentemente desconexas que entre acasos se interligam nos diversos personagens que são retratados, como um golpista que só pensa em se dar bem, um enfermeiro mais conhecido como herói humano, jovens deslumbrados pela fama, um homem a bera da morte, uma criança que nasce e uma mulher sem muita ética. Todos esses conflitos se enredam em uma engenhosa trama que resultam na tentativa de novas descobertas ou mesmo de reescrever seu destino.

 

Com direção de Carlos Alberto Riccelli, seu segundo longa, o primeiro brasileiro, o filme mostra uma cidade explorada visualmente e sendo parte presente da história o tempo inteiro. Riccelli nos dá uma realidade dura, sem luxo...pontos como Augusta, Centro e Paulista são ambientados para retratar o caos, a individualidade, violência e insegurança das pessoas no meio dessa selva de pedras. Para compor essas cenas ele conta com uma boa trilha sonora ao som de Caetano e Bethânia. Uma bela cena a ser citada é o momento que um dos personagens se deita no jardim ao lado da Avenida Vinte e Três de Maio e se vê completamente só, nesta hora, temos duas realidades distintas muito bem exploradas e enquadradas ao som de uma bela canção. Outro item muito bom do filme, além do abuso preciso das imagens de São Paulo, foram as tomadas que Riccelli impôs para delatar a rotina de nosso dia a dia.

 

O filme tem em seu desenvolvimento uma teia de histórias e personagens, outro ponto positivo, assuntos como juventude rebelde e suicida, homossexualismo, aborto, traição, drogas, perdão e religião são postos em pauta e se entrelaçam na vida de todos eles afim de compreensão. Bruna Lombardi se supera no desenrolar destas histórias, seu roteiro é bom e os diálogos impostos são muito bem conduzidos, com cenas ágeis e curtas, fazendo um se atirar na direção dos outros.

 

O Signo da cidade nos conta a história de pessoas, poderia ser a minha, a sua ou de todos nós, problemas e conflitos que surgem e nos fazem refletir quanto aos nossos atos. Cabe neste momento uma frase já bem clichê que se encaixa perfeitamente nesta situação...o meio definitivamente faz o homem!!!!!

 

O longa produzido em família com direção de Riccelli, roteiro de Bruna e co direção e atuação de Kim Riccelli nos fala intrinsecamente de relações humanas. Esta produção madura e original que nos remete pela semelhança do argumento a Crash, no Limite, conta com um ótimo desempenho de todos os coadjuvantes que se fazem essenciais e principais pelo desenrolar e pela maneira como seus personagens crescem em cena, bem estilo Altman.

 

Possibilidades, esperança e solidariedade fazem de todos os personagens suas buscas ao longo dos minutos de filme, compartilhado a isso, lindas seqüências que nos levam a comoção.

 

O segundo longa do casal, O Signo da Cidade, entra em cartaz no aniversário de São Paulo, 25 de Janeiro, e para presente de todos os moradores das muitas janelas de nossa cidade, o custo do filme sai por apenas um real, então definitivamente não percam a sessão e bom filme.

 

Ficha Técnica:

Distribuidora: Europa Filmes

Gênero: Drama

Direção: Carlos Alberto Riccelli

Roteiro: Bruna Lombardi

Elenco: Bruna Lombardi, Juca de Oliveira, Eva Wilma, Malvino Salvador, Denise Fraga, Luís Miranda, Graziella Moretto, Fernando Alves Pinto, Kim Riccelli, Laís Marques, Bethito Tavares, Sidney Santiago, Thiago Pinheiro, Ana Rosa e Cristina Mutarelli.

 

Crítica filme: Adrenalina (31/03/15 - 1:33)

Nota: 5,0

Uma manhã tranqüila é o que gostaria Chev Chelios (Jason Stathan, de Carga Explosiva). O telefone toca e ainda sonolento ele descobre que foi envenenado durante o sono e que sua morte fora anunciada lhe restando apenas uma hora de vida.
 

Adrenalina (Crank, EUA, 2006) é um filme acelerado onde a calma não terá vez. Chev é um assassino profissional de aluguel e parte integrante de uma gangue de mafiosos da costa oeste americana.  Em seu último trabalho tudo parecia correr bem até que um pequeno desvio é cometido para desaprovação de seus comparsas e de Rick Verona (Jose Pablo Antillo). O resultado é que sua vida agora esta contada no relógio.

 

Sabendo que seu tempo é curto Chev quer vingança e sai a caça dos rivais, mas o que ele não pode é ficar parado, então, literalmente, corre para manter-se vivo e retardar o efeito do veneno, onde a única forma para isso é deixar que a adrenalina corra por suas veias, impedindo assim que seu coração pare. Além de lutar por sua sobrevivência, ainda tem que salvar sua doce e desligada namorada Eve (Amy Smart) do perigo e tentar achar um antídoto para salvar sua própria vida.

 

Com tanta adrenalina em cena o filme não deixa a desejar e esbanja em seqüências e tomadas de ação e violência, fazendo com que o protagonista corra do início ao fim atrás do que quer. Na corrida por sua salvação Chev tenta de tudo para sempre ficar na pilha, se utilizando de drogas, anfetaminas e estimulantes fisiológicos como uma boa transa em praça pública.

 

O filme que possui boa tiradas marca a estréia da dupla de diretores Mark Neveldine e Brian Taylor nos mostrando que a parceria teve bom resultado.

Ficha Técnica:

Tempo de duração: 83 min.

Distribuidora: Cinnamon

Direção: Mark Neveldine e Brian Taylor

Roteiro: Mark Neveldine e Brian Taylor

Elenco: Jason Tatham, Amy Smart, Jose Pablo Antillo, Efren Ramirez, Dwight Yoakam, Carlos Sanz, Jay Xcala e Don Keone Young.

Recomendação: Contém cenas de sexo, violência, nudez e drogas.

 

Coments filme: Amour (29/03/15 - 10:33)

Nota: 4

Se não me engano eh o primeiro filme de Haneke onde explora o universo do sentimento humano. O filme retrata como eh chegar ao fim da vida, aos olhos de um casal. Que tomadas lentas viriam pela frente eu já sabia. O argumento do filme de exprimir o amor, pelo menos para mim, não convence. O filme não possui uma trilha sonora...eh seco, lento e nos mostra a cumplicidade de um casal q se percebe que se amam, but...mas creio eu que o próprio diretor quis passar a mensagem dessa forma. Ao meu ver...cuidar eh diferente de amar. Longe de outros filmes que já realizou
 
 

Coments filme: O Impossível (28/03/15 - 11:58)

Nota:7,5

Sessão pipoca em domingo de frio

Confesso que quando li a sinopse me pareceu insosso. O impossível mostra o "aguace" de uma família para lutar contra a força da natureza. Naomi Watts esta mesmo boa, mas seu filho eh quem me chamou a atenção no filme. O pequeno garoto mostra todo um talento e eh o elo e a força do filme. A direção tb eh outro ponto que chama atenção. Super indico...vale a pena!